Amar é ter uma intimidade que não se intimida...
terça-feira, 30 de setembro de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
O poeta e a poesia
O poeta não cabe na
própria pele e derrama-se em metáforas
que expressam a pluralidade dos
sentimentos humanos.
Percebe nos objetos uma subjetividade infinita e faz do concreto
uma abstração.
É alquimista dos verbos, costurador
de raciocínios e intuições.
O poeta tem natureza
paradoxal. Rompe lógicas, conceitos e paradigmas.
Mobiliza emoções cativas para
flamejar catarses.
A poesia é a múltipla
expressão das emoções.
Primeiro desestabiliza para depois estabilizar,
exercendo
o papel de mediadora de conflitos internos.
Primeiro esconde para depois exibir,
cumprindo a missão de reveladora da verdade
(ainda que momentânea
e relativa).
Tantas são as funções da
poesia: refletir, comover, exaltar,
homenagear, socializar, reivindicar ou simplesmente dar à luz o encantamento.
O poeta e sua poesia existem
para dar contorno
às sensações tão dispersas e amorfas.
Para traduzir as
inspirações em linguagem
e para garimpar a beleza da vida...
sábado, 21 de junho de 2014
Universal
É na intermitência das
águas
que lanço a bateia em
busca do sagrado.
É na aridez dos solos
que fertilizo fábulas
envoltas pelo eterno.
Garimpeira das luzes
ou plantadora de sonhos;
a engrenagem manual é a
mesma.
Devota da humanidade;
o sangue que circula em
mim é universal...
sábado, 10 de maio de 2014
Definição
Sei mais de mim
por tudo que renunciei;
umbrais que escorreram
em súbita fuga dos
exilados...
Sei mais de mim
pelos passos que suspendi
(obediente a tudo
que desdizia meus
caminhos).
Sei mais de mim
pelo suor que estanquei das
mãos
enquanto vigiava a madrugada,
e por ter colocado na bigorna
toda minha insônia,
pedindo martelos sobre as
ilusões.
Agora sei:
o que nunca fiz e nunca
disse é o que me define.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
À flor dos olhos
Rubro é o ângulo de que me vês.
Porque sabes que mergulho no fogo
e exponho meu peito
à faca dos sentidos.
Branco é o tato com que me despes
e destrói a mordaça
que silencia o grito dos sonhos de ontem.
Porque sabes que levo
muito mais que dois pés no rastro...
e que somente sou quando em re (verso)
- conheces-me como quem adivinha
o momento único da crisálida -
Porque trago as vísceras à flor dos olhos...
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Crença
Porque nunca aceitei amores feitos de concisão,
concebo a poesia como minha morada plena
e faço dos meus passos uma ventania.
Porque nunca contive a vida em seu tropel,
desprezo a lassidão dos verbos
e faço dos meus dias um desencontro de rimas.
e faço dos meus dias um desencontro de rimas.
Porque é na crença das minhas cores que habita uma luz:
O que sou e penso nunca será corrompido pelo breu...
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