Menina franzina, de olhar atento,
carregou no ombro o peso do pranto.
Tantas lágrimas de desencantos
evaporadas pelo calor de julgamentos.
Trouxe no semblante traços de dor
gerados por flores de pétalas afiadas.
Venenos disfarçados em cálices de amor,
goles tragados com a boca amordaçada.
Menina que se fez mulher borboleta
criando voos em bosques desconhecidos,
Jardins floridos de pétalas aveludadas
que enfim despertaram sonhos amortecidos.