A lua irrompe a convite da noite,
resta ainda uma rosa acordada.
O vento sopra e a estremece inteira,
transfigurando-a em uma flor alada.
Ao som de sussurros bailam ao luar,
não há testemunhas; dorme o jardim.
A aurora anuncia a necessária despedida,
e se beijam, por fim, ao som de um bandolim.
O sol decreta o podar das asas,
a flor, em silêncio,respira solidão.
Na lembrança, o sabor da cumplicidade.
Dança de amor quase nunca é em vão...