terça-feira, 19 de julho de 2011

Reverência à Vida




Quero
despir-me das roupas que não mais me pertencem
para cobrir-me com as tramas dos tecidos
costurados com o fio da minha verdadeira essência.

Quero
transfigurar em palavras, imagens e eufemismos
tudo aquilo que em mim sobra
ou falta
ou não encontra o caminho de volta para a casa.


Quero
entornar o jarro dos sentimentos guardados 
para sorver cada gole da minha existência contida
até embriagar-me de tanta vida não vivida.

Quero
desmontar o palco do teatro de fantoches
para erigir um templo edificado sobre o meu ser,
onde ofertarei meu poemas e canções
como forma de louvor e reverência à vida.



À verdadeira vida!




2 comentários:

  1. É isso que eu chamo de 'razão e sensibilidade'... A palavra(fruto da razão), carregando energia da alma (fonte da sensibilidade) para revelar a verdadeira essência da vida.
    Parabéns mais uma vez pela bela criação.
    Um abraço afetuoso.
    Mauricio A Costa

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  2. Muito bom, adorei este poema Luciana.
    Assim se desmontam os sentimentos contidos.
    Obrigado por nos presenteares com tão belas palavras.

    João Salvador

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