terça-feira, 15 de julho de 2014

O poeta e a poesia



O poeta não cabe na própria pele e derrama-se em metáforas 
que expressam a pluralidade dos sentimentos humanos. 
Percebe nos objetos uma subjetividade infinita e faz do concreto uma abstração. 

 É alquimista dos verbos, costurador de raciocínios e intuições.

O poeta tem natureza paradoxal. Rompe lógicas, conceitos e paradigmas. 
Mobiliza emoções cativas para flamejar catarses.

A poesia é a múltipla expressão das emoções. 
Primeiro desestabiliza para depois estabilizar, 
exercendo o papel de mediadora de conflitos internos. 
Primeiro esconde para depois exibir, 
cumprindo a missão de reveladora da verdade
(ainda que momentânea e relativa).

Tantas são as funções da poesia:  refletir, comover, exaltar, 
homenagear, socializar, reivindicar ou simplesmente dar à luz o encantamento.  

O poeta e sua poesia existem para dar contorno 
às sensações tão dispersas e amorfas. 
Para traduzir as inspirações em linguagem 
e para garimpar a beleza da vida...



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