O poeta não cabe na
própria pele e derrama-se em metáforas
que expressam a pluralidade dos
sentimentos humanos.
Percebe nos objetos uma subjetividade infinita e faz do concreto
uma abstração.
É alquimista dos verbos, costurador
de raciocínios e intuições.
O poeta tem natureza
paradoxal. Rompe lógicas, conceitos e paradigmas.
Mobiliza emoções cativas para
flamejar catarses.
A poesia é a múltipla
expressão das emoções.
Primeiro desestabiliza para depois estabilizar,
exercendo
o papel de mediadora de conflitos internos.
Primeiro esconde para depois exibir,
cumprindo a missão de reveladora da verdade
(ainda que momentânea
e relativa).
Tantas são as funções da
poesia: refletir, comover, exaltar,
homenagear, socializar, reivindicar ou simplesmente dar à luz o encantamento.
O poeta e sua poesia existem
para dar contorno
às sensações tão dispersas e amorfas.
Para traduzir as
inspirações em linguagem
e para garimpar a beleza da vida...
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