Sigo meu novo caminho; três passos para
frente, um para trás.
A cada recuo, um novo impulso de perseverança.
A floresta é densa e a trilha é repleta de charcos.
Pressinto campos minados por perto e avanço com mais cautela. Durante o
percurso, muitos galhos, pedras e ribanceiras.
Desvio e contemplo as borboletas
e pássaros.
A despeito de alguns passos trôpegos, persisto
pisando firme,
com os pés bem fincados no chão e os olhos voltados para o céu.
Há armadilhas e areia movediça nos arredores. Animais
selvagens me farejam.
Redobro minha atenção e dou carta branca à intuição, minha
fiel guia.
À noite, os vaga-lumes e as estrelas me
conduzem. O medo se dissipa...
Estou sem mapa e o risco de me perder é
grande. Não me importo. Não tenho pressa.
Quanto mais longa a caminhada, mais
experiente e confiante chegarei ao meu destino.
E prossigo
jogando sementes, para que no derradeiro dia eu possa olhar para trás e
vislumbrar um imenso e belo jardim de flores e colibris.
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