sexta-feira, 3 de abril de 2015




Por ter atravessado tantas balizas e lonjuras 
é que celebro hoje o rito da descoberta;

há mais matizes em meu olhar
e menos distância entre meus pés e o chão
do que previa minha poética percepção do mundo.

Por ter sido guardiã do reflexo da lua
e guiada pelo bálsamo dos ramalhetes,
é que comemoro hoje o ímpeto da alforria;

ao espreitar pelas minhas janelas
vejo que já são passados os dias de febre e luto.

A correnteza das horas levou o medo das colisões
e minhas vestes de agora
 inauguram o tecido do enfrentamento.


É Páscoa em mim...


Um comentário: