Por ter atravessado
tantas balizas e lonjuras
é que celebro hoje o rito da descoberta;
há mais matizes em
meu olhar
e menos distância
entre meus pés e o chão
do que previa minha
poética percepção do mundo.
Por ter sido guardiã
do reflexo da lua
e guiada pelo bálsamo
dos ramalhetes,
é que comemoro hoje o
ímpeto da alforria;
ao espreitar pelas
minhas janelas
vejo que já são
passados os dias de febre e luto.
A correnteza das
horas levou o medo das colisões
e minhas vestes de
agora
inauguram o tecido do enfrentamento.
É Páscoa em mim...
Lindo e profundo. Vc é sempre surpreendente.
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