Escrevo para tranquilizar minha ambivalência
e distrair minha inconstância.
Para me perder em céus de chumbo
e depois aterrissar em solo seguro.
Escrevo não para expor o que penso,
mas para preservar o que ainda não sei dizer.
Escrevo para decifrar as feras que uivam em meu porão,
e também para espantar meus fantasmas.
Escrevo não para inventar dilemas insanos,
mas para rever aqueles esquecidos ou evitados.
Escrevo para perder o senso e depois reencontrá-lo na próxima esquina.
Para destruir convicções, principalmente as próprias.
Escrevo por prazer e paixão.
Para transgredir-me...
Escrevo, enfim, para existir.
"Escrevo não para expor o que penso,
ResponderExcluirmas para preservar o que ainda não sei dizer."
Fiquei maravilhado com a profundidade destes 2 versos e de mais outros que me dispenso de citar.
EXCELENTE, não tenho mais palavras.
Luciana, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Escreves, poeta, para nos redimir. Teu poema é o discurso que nos traduz. Muito bonito, mesmo.
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