domingo, 22 de setembro de 2013

Que dia!



Que dia!

Que dia este
para amarrar em permanência
palavras quase sempre passageiras.
O mesmo dia
em que cristalizo confissões,
provo a inocência do meu riso
e faço das horas um improviso de invenções...

Que dia
para pausar a voracidade do tempo,
encolher distâncias e regar girassóis.
Para reacender corpos livres,
já despidos das máscaras habituais
- antes tão coladas aos poros e vísceras -

Que dia este
para confirmar que tua canção única
amanhece em mim a gratidão por estar viva.
O mesmo dia para saber
que nunca haverá espaços
entre o calor da tua pele
e as torrentes do meu ventre.

E para sentir que não há nada em teu olhar
que eu não queira contemplar para sempre...

Ah!...Que dia...


Um comentário:

  1. LU, que linda poesia!!! Que inspiração! Me emocionei e vou guardá-la em meu coração! Obrigada por esse toque na alma" Grande beijo.

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